Operação da Polícia Civil cumpre 18 mandados judiciais contra associação criminosa que furtou propriedade rural em MT
A Gerência de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta segunda-feira (18 de novembro), a Operação Agro Judas, com o objetivo de cumprir 18 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra uma associação criminosa envolvida no furto de uma propriedade rural em General Carneiro, ocorrido em janeiro deste ano.
A decisão judicial da 2ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças também determina o sequestro de bens e o bloqueio de valores que podem chegar a R$ 300 mil, correspondendo ao prejuízo causado pela subtração de defensivos agrícolas. Além disso, peças de uma colheitadeira foram levadas da propriedade, mas já foram recuperadas.
A investigação da GCCO revelou a participação de nove indivíduos nos crimes de furto qualificado e receptação, incluindo um pai e seu filho. J.C.O.D., de 50 anos, que já se encontrava preso por outro crime na unidade prisional de Jaciara, foi identificado como responsável pela venda dos produtos furtados, que eram liderados por seu filho, T.C.D., de 26 anos.
Os mandados estão sendo cumpridos em Primavera do Leste e Jaciara (MT), além de Sarandi (PR).
O Furto e Venda dos Produtos
Na noite de 20 de janeiro, um grupo invadiu uma fazenda na MT-474, em General Carneiro, subtraindo peças de uma colheitadeira e defensivos agrícolas. O furto foi meticulosamente planejado por T.C.D., que obteve informações de um funcionário da fazenda sobre a rotina e o local de armazenamento dos produtos.
As peças da colheitadeira foram avaliadas em R$ 41 mil, enquanto os defensivos, que não foram totalmente recuperados, totalizam cerca de R$ 300 mil. Mesmo preso, J.C.O.D. continuou a vender os itens subtraídos.
Após o furto, um dos envolvidos ajudou a esconder os produtos em uma casa em Jaciara, onde parte dos defensivos foi recuperada. Dias após o crime, a GCCO prendeu três pessoas em flagrante no local.
“O objetivo da venda e ocultação dos bens era comercial. A investigação mostrou que essa associação criminosa foi criada especificamente para furtar e vender insumos agrícolas”, afirmou o delegado Antenor Pimentel, da GCCO.
Durante a investigação, a equipe especializada identificou os veículos utilizados pelos criminosos, incluindo uma caminhonete Chevrolet S10, que foi alugada por um dos envolvidos no dia 18 de janeiro.
Reincidência
Seis dos investigados já enfrentam processos judiciais nas cidades de Primavera do Leste, Jaciara e Rondonópolis (MT), além de Sarandi (PR), incluindo o pai e o filho mencionados.
Além disso, a GCCO descobriu que um dos criminosos estava envolvido na travessia de veículos furtados para a Bolívia. A.D.P., de 39 anos, alugou um Hyundai Creta em Campo Verde (MT) e o vendeu no país vizinho.
No dia 19 de janeiro, ele registrou um boletim de ocorrência, alegando ter sido vítima de um roubo, mas a investigação encontrou inconsistências em sua história. O veículo alugado por ele foi rastreado até a fronteira com a Bolívia, e informações coletadas pela polícia indicam que A.D.P. estava envolvido no transporte de veículos roubados. Em uma conversa com um comparsa, ele admitiu que a denúncia de roubo era falsa.