Operação do DF contra esquema criminoso na venda de veículos locados cumpre mandados em Cuiabá
A Polícia Civil de Mato Grosso apoiou, nesta quarta-feira (27.11), a execução de mandados da Operação Rental, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal. Essa operação investiga uma organização criminosa envolvida na venda e locação de veículos provenientes de atividades ilícitas e lavagem de dinheiro.
Um dos alvos da operação foi detido em Cuiabá pela equipe da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), que prestou apoio operacional.
A operação teve como objetivo cumprir 24 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão em oito estados: Mato Grosso, Goiás, Amazonas, Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A investigação da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais revelou um esquema de fraude liderado por I.S.S.J., que operava a lavagem de dinheiro obtido através da venda e locação de veículos adquiridos de forma fraudulenta. Foram identificadas 24 pessoas envolvidas no esquema, que foram indiciadas por lavagem de dinheiro, organização criminosa e estelionato.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, o grupo utilizava veículos que inicialmente eram alugados legalmente em grandes locadoras, por pessoas ligadas ao esquema e utilizando dados falsos. Esses veículos não eram devolvidos ao final dos contratos, configurando apropriação indébita ou estelionato, e eram depois repassados ao líder e a outros membros do grupo para serem alugados e revendidos fraudulentamente a vítimas no Distrito Federal e em outros estados do Brasil.
A investigação identificou pelo menos 16 veículos como objetos dos crimes, associando o grupo às fraudes e a ações que dificultavam a rastreabilidade das atividades ilícitas.
Informações obtidas durante a investigação revelaram que nomes e contas falsas foram usados pelo líder do esquema para receber pagamentos e movimentar o dinheiro da atividade criminosa. Entre as vítimas identificadas estão, principalmente, motoristas de aplicativos de transporte que alugaram veículos do grupo sob falsas condições. Além disso, constatou-se o envolvimento direto de familiares do líder, incluindo sua esposa e filhas, que também participaram das fraudes.